Desvio de coluna: O que é, sintomas e quais os tratamentos que existem

27 de abril de 2024
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O desvio de coluna é um problema de saúde que pode causar diversas complicações se não for diagnosticado e tratado adequadamente. A coluna vertebral é uma estrutura complexa e fundamental no nosso corpo, responsável por nos manter em pé, proteger nossa medula espinhal e permitir o movimento. Qualquer alteração no seu alinhamento ou integridade pode resultar em dores, rigidez e outros sintomas desagradáveis.

Neste artigo, abordaremos em detalhes o que é o desvio de coluna, quais são os seus sintomas mais comuns e como é o seu tratamento. Compreender esses aspectos é crucial para garantir a saúde da nossa coluna e prevenir possíveis problemas futuros.

Além disso, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce e a consulta a um especialista podem fazer toda a diferença no processo de recuperação. Portanto, se você está experimentando algum desses sintomas, procure ajuda médica imediatamente.


O que é desvio de coluna?

Curvatura anormal da coluna vertebral que geralmente começa durante a infância ou adolescência e progressivamente piora à medida que o indivíduo cresce. Embora seja mais comum nas regiões torácica e lombar, o desvio de coluna pode afetar qualquer parte da coluna.

Exemplos de desvios de coluna incluem a curva lateral da coluna (curvas em forma de C ou S), a rotação das vértebras e a diminuição do espaço entre as vértebras. Essas curvaturas podem ser causadas por fatores genéticos, ambientais ou desconhecidos e podem levar a diversas consequências, dependendo do grau e localização do desvio.

As consequências do desvio de coluna podem variar desde dores leves até sérios problemas de saúde. Algumas das consequências mais comuns incluem:

  • Dor de costas crônica ou intermitente;
  • Desequilíbrio ou instabilidade na postura;
  • Dificuldade em respirar devido à compressão dos pulmões;
  • Pressão sobre nervos raquidianos, causando fraqueza muscular, formigueiro ou dormência nas pernas;
  • Restrição no movimento e rigidez da coluna;
  • Baixa autoestima ou problemas psicológicos relacionados à aparência física.

Em casos graves, o desvio de coluna pode levar a complicações mais sérias, como curvaturas excessivas que comprimam os órgãos internos ou danos nos tecidos moles e nos nervos. Por isso, é importante detectar e tratar o desvio de coluna o quanto antes para prevenir essas consequências indesejáveis.

Desvio da coluna pode ocorrer em qualquer idade?

médica mostrando coluna para paciente adolescente

Sim, o desvio da coluna pode ocorrer em qualquer idade, desde a infância até a idade adulta. Algumas condições, como a escoliose idiopática, geralmente se manifestam durante a adolescência, enquanto outras podem se desenvolver ao longo da vida devido ao envelhecimento, lesões ou condições médicas subjacentes. Geralmente são progressivas, o que significa que podem piorar ao longo do tempo se não forem tratadas adequadamente.

Desvio na coluna é algo grave?

O desvio de coluna pode ser considerado grave dependendo do grau e localização da curvatura, bem como da idade e saúde geral do indivíduo afetado. Em geral, curvaturas pequenas geralmente não causam sintomas graves e podem nem requerer tratamento. No entanto, curvaturas maiores podem levar a complicações mais sérias, como dor crônica, restrição no movimento, pressão sobre nervos e órgãos internos, e impacto na qualidade de vida.

O desvio de coluna pode ter efeitos negativos em órgãos internos, particularmente quando a curvatura é grande ou se prolonga por um longo período de tempo. Alguns exemplos de problemas em órgãos internos que podem ser causados pelo desvio de coluna incluem:

Dificuldades respiratórias: devido à compressão dos pulmões e redução da capacidade vital;

Problemas cardiovasculares: como pressão arterial alta, insuficiência cardíaca e outros problemas, devido à compressão de vasos sanguíneos e interrupção do fluxo sanguíneo; 

Problemas gastrointestinais: como refluxo ácido, constipação, diarreia e dor abdominal, devido à compressão de órgãos abdominais como o estômago, intestino delgado e cólon; 

Problemas urinários: como infecções do trato urinário e incontinência, devido à compressão dos órgãos urinários, como rins e ureteres.

É Importante reconhecer que o desvio de coluna pode ter efeitos negativos em órgãos internos e afetar a saúde geral do indivíduo. Se você tiver sintomas relacionados a qualquer um desses órgãos e também tiver desvio de coluna, recomenda-se consultar um especialista para avaliar sua situação e determinar o melhor plano de tratamento.

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Quais são os tipos de desvio de coluna?

Existem três tipos principais de desvio de coluna:

Cifose:

Cifose é uma curvatura excessiva para frente da coluna vertebral, resultando em uma aparência corcunda. Pode ser causada por más posturas, degeneração dos discos intervertebrais ou condições médicas como a doença de Scheuermann.

Escoliose:

Escoliose é uma curvatura lateral anormal da coluna vertebral. Pode ser congênita, desenvolvendo-se durante o crescimento, ou adquirida, como resultado de lesões, doenças ou más posturas.

Lordose:

Lordose é uma curvatura excessiva para dentro da coluna vertebral, geralmente na região lombar ou cervical. Pode ser causada por obesidade, gravidez, fraqueza muscular ou condições médicas como a doença de Scheuermann.

O que pode causar desvio na coluna?

Existem vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do desvio de coluna, sendo os principais: fatores genéticos, desequilíbrio muscular, postura incorreta e lesões.

Em relação aos fatores genéticos, estudos têm mostrado que a escoliose idiopática, que é o tipo mais comum de desvio de coluna, tem uma forte base genética. De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Genetics em 2018, pesquisadores identificaram mais de 200 genes associados à escoliose idiopática, sugerindo que a doença tem uma base genética complexa e envolve múltiplos genes e vias biológicas. 

A pesquisa também sugeriu que a herança genética desempenha um papel importante no desenvolvimento da doença, sendo que indivíduos com parentes próximos afetados apresentam um risco maior de desenvolver escoliose idiopática.

Quanto aos fatores ambientais, o desequilíbrio muscular, postura incorreta e lesões também podem contribuir para o desenvolvimento do desvio de coluna. De acordo com um estudo publicado na revista científica PLoS One em 2017, crianças que passam muito tempo sentadas ou usando dispositivos móveis têm maior risco de desenvolver escoliose, devido ao desequilíbrio muscular e à postura incorreta. 

Além disso, lesões na coluna, como fraturas ou distensões musculares, também podem levar ao desenvolvimento de desvios de coluna. Por exemplo, um estudo publicado na revista científica Spine em 2018 descobriu que adolescentes que praticavam esportes de contato, como futebol e basquete, tinham maior risco de desenvolver escoliose devido a lesões na coluna.

Portanto, é importante manter uma boa postura, exercitar regularmente e evitar atividades que possam causar lesões na coluna para minimizar o risco de desenvolver desvio de coluna.

Dicas para evitar desvio de coluna:

  • Mantenha uma postura correta ao sentar, em pé e ao levantar objetos;
  • Pratique exercícios de fortalecimento muscular, especialmente para os músculos do core;
  • Evite ficar muito tempo na mesma posição, seja sentado ou em pé;
  • Mantenha um peso saudável para reduzir a carga sobre a coluna vertebral;
  • Faça pausas regulares durante atividades que envolvam a mesma postura por longos períodos.

Quais os sintomas de um desvio na coluna?

Os sintomas do desvio de coluna podem variar dependendo do tipo e gravidade da condição. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:

  • Dor nas costas, nádegas ou pernas;
  • Rigidez na coluna;
  • Desequilíbrio ou instabilidade na caminhada;
  • Dificuldade em girar ou flexionar a coluna;
  • Redução da amplitude de movimento da coluna;
  • Aspecto assimétrico da coluna e tórax;
  • Respiração superficial ou dificultada.

Se você estiver experienciando qualquer um destes sintomas, especialmente se forem graves ou persistentes, é recomendável procurar um especialista em coluna, como um ortopedista ou fisioterapeuta, para uma avaliação adequada. Eles podem realizar exames físicos e imagens diagnósticas, como radiografias ou ressonâncias magnéticas, para determinar a causa raiz do problema e recomendar o tratamento adequado.

Além disso, é especialmente importante procurar um especialista se você tiver filhos ou adolescentes com sintomas de desvio de coluna, pois o crescimento rápido nesta idade pode piorar a condição se não for tratada a tempo. Em geral, quanto antes a condição for diagnosticada e tratada, maiores serão as chances de uma recuperação completa e minimização dos riscos de complicações futuras.

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Como tratar o desvio na coluna?

médico mostrando raio-x a paciente

Em resumo, o tratamento para desvio de coluna depende da causa e da gravidade do desvio, e varia de acordo com a faixa etária do paciente. Em geral, o tratamento é mais conservador em crianças e adolescentes, enquanto em adultos pode ser necessário tratamento mais agressivo, especialmente em casos avançados.

O tratamento pode incluir fisioterapia, exercícios de fortalecimento muscular, uso de órteses, medicamentos para controlar a dor e, em casos mais graves, cirurgia para corrigir a deformidade. O tempo de tratamento pode variar de alguns meses a um ou dois anos, dependendo da gravidade do desvio e da resposta do paciente ao tratamento.

Abaixo alguns exemplos de tratamentos específicos para cada categoria mencionada:

Fisioterapia:

  • Técnicas manuais para relaxar os músculos tensos e estimular a mobilidade da coluna;
  • Terapia aquática para reduzir a pressão sobre a coluna e facilitar o movimento;
  • Eletricidade analgésica ou estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) para aliviar a dor;
  • Ultrassom terapêutico para reduzir a inflamação e promover a cura;
  • Exercícios de alongamento e stretching para melhorar a flexibilidade e reduzir a tensão na coluna.

Exercícios de fortalecimento muscular:

  • Treinos de resistência usando pesos livres ou bandas de resistência para fortalecer os músculos da coluna e melhorar a estabilidade;
  • Pilates ou ioga para desenvolver a força central e a consciência corporal;
  • Exercícios de core para fortalecer os músculos abdominais e da região lombar;
  • Treinos intervalados de alta intensidade (HIIT) para melhorar a resistência cardiovascular e a função muscular.

Uso de órteses:

  • Corsets rígidos ou flexíveis para manter a coluna alinhada e reduzir a curvatura excessiva;
  • Suportes lombares ou cervicais para fornecer apoio adicional à coluna durante atividades diárias;
  • Órteses plantares personalizadas para corrigir a biomecânica do pé e reduzir a tensão na coluna;
  • Cinto de tensor fáscia lombar para reduzir a tensão na região lombar e melhorar a postura.

Medicamentos para controlar a dor:

  • Analgésicos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como ibuprofeno ou naproxeno para reduzir a inflamação e aliviar a dor;
  • Opióides como o oxicodona ou a hidrocodona para aliviar a dor intensa, porém com risco de efeitos colaterais e dependência;
  • Relaxantes musculares como o ciclobenzaprina ou o metaxalone para reduzir a tensão muscular e aliviar a dor;
  • Injeções de esteroides na coluna para reduzir a inflamação e aliviar a dor, geralmente indicadas em casos graves ou em pacientes que não respondem a outros tratamentos.

Cirurgia para corrigir a deformidade:

  • Fusão espinhal para unir os vértebras afetados e corrigir a curvatura excessiva, geralmente indicada em casos graves ou em pacientes com dor intensa ou risco de complicações neurológicas;
  • Osteotomia vertebral para cortar e remodelar os ossos da coluna, geralmente indicada em casos graves de escoliose ou cifose;
  • Artrodese intercorporal para inserir implantes entre as vértebras afetadas e promover a fusão, geralmente indicada em casos graves de espondilolistese ou estenose espinhal;
  • Descompressão espinhal para remover tecido cicatricial ou tumores que comprimem a medula espinhal ou os nervos raquidianos, geralmente indicada em casos graves de dor neuropática ou déficits neurológicos.

Tem cura?

Sim, o desvio de coluna pode ser gerenciado com sucesso em muitos casos através de tratamentos conservadores e mudanças no estilo de vida. De acordo com estudos recentes, a fisioterapia, exercícios de fortalecimento muscular, uso de órteses e medicamentos para controlar a dor podem ser eficazes em até 80% dos casos de desvio de coluna leve a moderado. Esses tratamentos visam aliviar a dor, melhorar a mobilidade e fortalecer os músculos envolvidos na coluna vertebral, o que pode ajudar a prevenir a progressão da deformidade.

No entanto, em casos mais graves ou progressivos, o tratamento cirúrgico pode ser necessário para corrigir a deformidade e prevenir complicações futuras. De acordo com um estudo publicado na revista Spine, a taxa de sucesso da fusão espinhal em pacientes com escoliose idiopática grave é superior a 90%, com melhora significativa na dor e na funcionalidade. No entanto, é importante notar que a cirurgia é uma opção invasiva e associada a riscos e complicações potenciais.

A escolha do tratamento adequado depende da gravidade e complexidade do desvio de coluna, bem como das preferências individuais do paciente e dos riscos e benefícios associados a cada opção de tratamento. 

Em geral, um diagnóstico precoce e um tratamento oportuno podem levar a melhores resultados clínicos e à prevenção de complicações futuras.

Como detectar o desvio na coluna?

O desvio de coluna pode ser detectado através de exames físicos, radiografias, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Um médico especialista em ortopedia ou um fisiatra pode realizar esses exames e diagnosticar a condição.

Que médico devo procurar para tratar desvio na coluna?

Para tratar o desvio na coluna, é altamente recomendável consultar um médico especialista em ortopedia ou um fisiatra, já que ambos são profissionais treinados no diagnóstico e tratamento de problemas relacionados à coluna vertebral. Eles poderão realizar exames físicos e imagens diagnósticas, como radiografias ou ressonâncias magnéticas, para determinar a causa raiz do desvio e definir o plano de tratamento ideal.

Além disso, é importante considerar a especialização do profissional em questão. Por exemplo, alguns médicos ortopedistas podem se especializar em coluna vertebral e ter experiência em tratamentos específicos, como cirurgias de fusão espinal ou implantação de dispositivos ortopédicos. Da mesma forma, alguns fisiatras podem se especializar em terapia manual ou técnicas de reabilitação avançadas para o tratamento de desvios de coluna.

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Conclusão

Em suma, o desvio de coluna é uma condição prevalente que pode impactar negativamente a qualidade de vida de indivíduos de diferentes faixas etárias. Apesar de não ser necessariamente uma condição grave, ela pode causar sintomas dolorosos e limitantes, prejudicando a funcionalidade da coluna vertebral. Sendo assim, é fundamental reconhecê-la precocemente e buscar tratamento adequado para evitar complicações futuras.

Uma estratégia multidisciplinar é recomendada para o gerenciamento do desvio de coluna, incorporando fisioterapia, exercícios regulares e, quando necessário, intervenção cirúrgica. Fisioterapeutas e médicos especialistas em coluna vertebral trabalham juntos para diagnosticar e tratar a condição, utilizando técnicas personalizadas que levam em conta as necessidades individuais dos pacientes.

Técnicas como fisioterapia e exercícios regulares podem ajudar a aliviar a dor, melhorar a flexibilidade e a amplitude de movimento, enquanto a cirurgia pode ser indicada em casos graves ou progressivos para corrigir a deformidade e prevenir complicações.

Com uma abordagem adequada e cuidadosa, muitas pessoas podem gerenciar com sucesso o desvio de coluna e retomar suas atividades diárias normais, melhorando significativamente sua qualidade de vida.

Assim, é imprescindível buscar orientação médica especializada e seguir rigorosamente as instruções do profissional de saúde para obter os melhores resultados possíveis no tratamento do desvio de coluna.

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