Entenda o que é o autismo e como identificar em crianças e adultos

29 de abril de 2024
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O autismo é uma condição que afeta mais de 70 milhões de pessoas, segundo a ONU. Entretanto, existem muitas dúvidas sobre a condição. Uma das mais comuns é sobre o que é o autismo, ou o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Esse transtorno de desenvolvimento neurológico acompanha a pessoa ao longo da vida. Na prática, a condição impacta as habilidades físicas, motoras, de comunicação e de interação social. 

Mas como saber se você, seu filho(a) ou alguém próximo apresenta características do TEA? Quais os sinais que podem indicar a necessidade de uma avaliação especializada? Ainda, quais são os tipos e graus de autismo?

Neste artigo você encontra todas essas informações, a explicação do que é o autismo e ainda confere a importância do diagnóstico precoce e das formas de tratamento disponíveis.

Acompanhe a leitura! 


O que é o autismo e qual a sua causa?

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno de desenvolvimento neurológico que afeta a maneira como a pessoa se comunica e interage com o mundo ao seu redor

Embora seja centro de inúmeros estudos e pesquisas, as causas do TEA ainda não são totalmente compreendidas. Entretanto, algumas pesquisas indicam que fatores genéticos e ambientais (convivência social e familiar) estão envolvidos.

Cada indivíduo no espectro apresenta características únicas. Mas alguns sintomas comuns do autismo incluem: dificuldade na comunicação verbal e não verbal, interesses restritos e repetitivos, comportamentos estereotipados e dificuldade na interação social.

É possível reverter o autismo?

Agora que você já sabe o que é o autismo, é importante entender que não é possível “reverter” ou curar o TEA. Como vimos anteriormente, essa condição é de ordem neurobiológica e genética. 

Entretanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado ajudam a promover um bom desenvolvimento, e também a reduzir os impactos do transtorno na vida da pessoa.

É possível ter autismo e não saber?

Por mais surpreendente que pareça, é possível ter autismo e não saber, especialmente em casos mais leves ou quando o diagnóstico não é realizado na infância. 

Isso porque o TEA é uma condição complexa, com uma lista bastante ampla de sintomas e características que podem se manifestar, de diferentes maneiras, em cada indivíduo.

Por exemplo, algumas pessoas no espectro podem ter dificuldades leves na comunicação e na interação social. Essas dificuldades podem passar despercebidas ou até serem interpretadas como timidez ou introversão. 

Qual a diferença do TDAH para o autismo?

diferença do TDAH para o autismo

Embora tanto o TDAH quanto o TEA sejam condições em que os portadores possuem dificuldades na interação social e concentração, essas dificuldades se apresentam de maneiras opostas. 

No autismo, o indivíduo desenvolve um hiperfoco e também possui dificuldades de socialização. Já no TDAH, o indivíduo evita atividades que demandam concentração e foco, e podem ser bastante ativos, falantes e participativos, especialmente no caso das crianças. 

Quais são os 4 tipos de autismo?

Anteriormente, o autismo era classificado em quatro tipos diferentes, sendo eles:

  1. Síndrome de Asperger: pessoas com dificuldades sociais e interesses específicos, mas com inteligência típica ou avançada;
  2. Transtorno autista: pessoas com os sintomas da síndrome de Asperger e do Transtorno invasivo do desenvolvimento, mas com um nível mais grave;
  3. Transtorno invasivo do desenvolvimento: diagnóstico que incluía grande parte das crianças com autismo mais severo do que a síndrome de Asperger, mas não tanto quanto o transtorno autista;
  4. Transtorno desintegrativo da infância: casos mais graves, quando a criança perde habilidades previamente adquiridas. 

Contudo, desde 2013, o autismo não é mais classificado por tipos. O documento DSM-5 – Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — estabeleceu que a condição seria chamada de Transtorno de Espectro Autista, ou TEA, e seria classificada por níveis, ou graus. Entenda melhor a seguir. 

Quais são os graus de autismo?

O TEA é agora classificado de acordo com o grau de suporte requerido, dividido em três níveis: leve (nível 1), moderado (nível 2) e severo (nível 3). Entenda melhor:

  1. Nível 1 – Requer suporte: dificuldades sociais notáveis, mas com habilidades de comunicação, podendo ter interesses e comportamentos repetitivos;
  2. Nível 2 – Requer suporte substancial: desafios mais evidentes em interações sociais, comunicação não-verbal comprometida, e comportamentos repetitivos que impactam a vida diária;
  3. Nível 3 – Requer suporte muito substancial: grave comprometimento das habilidades sociais, comunicação limitada e comportamentos repetitivos que exigem suporte significativo.

Como identificar o autismo em adultos e crianças?

Para identificar o autismo, tanto em adultos quanto em crianças, o ideal é observar padrões de comportamento, como dificuldades na comunicação e interação social e a presença de comportamentos repetitivos ou interesses restritos. 

Em crianças, é importante ter atenção a atrasos na fala ou ausência de respostas sociais esperadas para a idade. 

Já em adultos, em muitos casos os indícios incluem desafios nos relacionamentos sociais, na adaptação a mudanças, e na compreensão de nuances sociais. 

Em todo caso, lembre-se que quem é responsável pelo diagnóstico é o médico – neurologista, psiquiatra e psicólogos especializados. O papel de familiares, amigos e pais é observar, procurar ajuda (ou sugerir, com cuidado, no caso dos adultos) e oferecer apoio. 

Quem tem autismo pode ter uma vida normal?

Uma pessoa no espectro pode ter uma vida perfeitamente plena, independente e “normal”, desde que inicie o tratamento adequado cedo, e se mantenha assim ao longo de sua vida. 

Essa possibilidade é ainda maior quando os tratamentos e terapias são iniciados na infância. Assim, os indivíduos têm chances maiores de desenvolver habilidades sociais e de comunicação.

Como é feito o diagnóstico do autismo?

diagnóstico do autismo

O diagnóstico do TEA é realizado por uma equipe multidisciplinar, geralmente composta por psicólogos, psiquiatras e neurologistas. 

Lembre-se: quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, maiores são as chances de um tratamento eficaz e de melhor qualidade de vida para a pessoa autista.

Como é o tratamento do autismo?

Na maior parte dos casos, o tratamento do TEA é multidisciplinar, ou seja, envolve médicos, terapeutas, educadores, psiquiatras e psicólogos – sem falar no suporte e apoio familiar. 

O tratamento é individualizado, e pode incluir, por exemplo, técnicas terapêuticas para melhorar habilidades de comunicação e sociais, e em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para tratar sintomas como irritabilidade, insônia e desatenção.

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Conclusão

Neste artigo, apresentamos o que é o autismo: um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta a maneira como crianças e adultos se comunicam e interagem. 

A condição é classificada em níveis que determinam o grau de suporte requerido, sendo eles: leve (nível 1), moderado (nível 2) e severo (nível 3). 

O diagnóstico precoce, no caso das crianças, é crucial para fornecer o suporte adequado para um bom desenvolvimento, e melhorar a qualidade de vida. 

No caso dos adultos, o acompanhamento com profissionais também é a chave para diminuir os impactos do TEA e para ter uma vida saudável. 

Em resumo, com atenção às particularidades de cada indivíduo e com a ajuda de profissionais, pessoas no espectro podem desfrutar de uma vida independente e plena. 

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