Entenda o que é o autismo e como identificar em crianças e adultos

15 de outubro de 2024
0

O autismo é uma condição que afeta mais de 70 milhões de pessoas, segundo a ONU. Entretanto, existem muitas dúvidas sobre a condição. Uma das mais comuns é sobre o que é o autismo, ou o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Esse transtorno de desenvolvimento neurológico acompanha a pessoa ao longo da vida. Na prática, a condição impacta as habilidades físicas, motoras, de comunicação e de interação social. 

Mas como saber se você, seu filho(a) ou alguém próximo apresenta características do TEA? Quais os sinais que podem indicar a necessidade de uma avaliação especializada? Ainda, quais são os tipos e graus de autismo?

Neste artigo você encontra todas essas informações, a explicação do que é o autismo e ainda confere a importância do diagnóstico precoce e das formas de tratamento disponíveis.

Acompanhe a leitura! 


O que é o autismo e qual a sua causa?

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno de desenvolvimento neurológico que afeta a maneira como a pessoa se comunica e interage com o mundo ao seu redor

Embora seja centro de inúmeros estudos e pesquisas, as causas do TEA ainda não são totalmente compreendidas. Entretanto, algumas pesquisas indicam que fatores genéticos e ambientais (convivência social e familiar) estão envolvidos.

Cada indivíduo no espectro apresenta características únicas. Mas alguns sintomas comuns do autismo incluem: dificuldade na comunicação verbal e não verbal, interesses restritos e repetitivos, comportamentos estereotipados e dificuldade na interação social.

É possível reverter o autismo?

Agora que você já sabe o que é o autismo, é importante entender que não é possível “reverter” ou curar o TEA. Como vimos anteriormente, essa condição é de ordem neurobiológica e genética. 

Entretanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado ajudam a promover um bom desenvolvimento, e também a reduzir os impactos do transtorno na vida da pessoa.

É possível ter autismo e não saber?

Por mais surpreendente que pareça, é possível ter autismo e não saber, especialmente em casos mais leves ou quando o diagnóstico não é realizado na infância. 

Isso porque o TEA é uma condição complexa, com uma lista bastante ampla de sintomas e características que podem se manifestar, de diferentes maneiras, em cada indivíduo.

Por exemplo, algumas pessoas no espectro podem ter dificuldades leves na comunicação e na interação social. Essas dificuldades podem passar despercebidas ou até serem interpretadas como timidez ou introversão. 

Qual a diferença do TDAH para o autismo?

diferença do TDAH para o autismo

Embora tanto o TDAH quanto o TEA sejam condições em que os portadores possuem dificuldades na interação social e concentração, essas dificuldades se apresentam de maneiras opostas. 

No autismo, o indivíduo desenvolve um hiperfoco e também possui dificuldades de socialização. Já no TDAH, o indivíduo evita atividades que demandam concentração e foco, e podem ser bastante ativos, falantes e participativos, especialmente no caso das crianças. 

Quais são os 4 tipos de autismo?

Anteriormente, o autismo era classificado em quatro tipos diferentes, sendo eles:

  1. Síndrome de Asperger: pessoas com dificuldades sociais e interesses específicos, mas com inteligência típica ou avançada;
  2. Transtorno autista: pessoas com os sintomas da síndrome de Asperger e do Transtorno invasivo do desenvolvimento, mas com um nível mais grave;
  3. Transtorno invasivo do desenvolvimento: diagnóstico que incluía grande parte das crianças com autismo mais severo do que a síndrome de Asperger, mas não tanto quanto o transtorno autista;
  4. Transtorno desintegrativo da infância: casos mais graves, quando a criança perde habilidades previamente adquiridas. 

Contudo, desde 2013, o autismo não é mais classificado por tipos. O documento DSM-5 – Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — estabeleceu que a condição seria chamada de Transtorno de Espectro Autista, ou TEA, e seria classificada por níveis, ou graus. Entenda melhor a seguir. 

Quais são os graus de autismo?

O TEA é agora classificado de acordo com o grau de suporte requerido, dividido em três níveis: leve (nível 1), moderado (nível 2) e severo (nível 3). Entenda melhor:

  1. Nível 1 – Requer suporte: dificuldades sociais notáveis, mas com habilidades de comunicação, podendo ter interesses e comportamentos repetitivos;
  2. Nível 2 – Requer suporte substancial: desafios mais evidentes em interações sociais, comunicação não-verbal comprometida, e comportamentos repetitivos que impactam a vida diária;
  3. Nível 3 – Requer suporte muito substancial: grave comprometimento das habilidades sociais, comunicação limitada e comportamentos repetitivos que exigem suporte significativo.

Como identificar o autismo em adultos e crianças?

Para identificar o autismo, tanto em adultos quanto em crianças, o ideal é observar padrões de comportamento, como dificuldades na comunicação e interação social e a presença de comportamentos repetitivos ou interesses restritos. 

Em crianças, é importante ter atenção a atrasos na fala ou ausência de respostas sociais esperadas para a idade. 

Já em adultos, em muitos casos os indícios incluem desafios nos relacionamentos sociais, na adaptação a mudanças, e na compreensão de nuances sociais. 

Em todo caso, lembre-se que quem é responsável pelo diagnóstico é o médico – neurologista, psiquiatra e psicólogos especializados. O papel de familiares, amigos e pais é observar, procurar ajuda (ou sugerir, com cuidado, no caso dos adultos) e oferecer apoio. 

Quem tem autismo pode ter uma vida normal?

Uma pessoa no espectro pode ter uma vida perfeitamente plena, independente e “normal”, desde que inicie o tratamento adequado cedo, e se mantenha assim ao longo de sua vida. 

Essa possibilidade é ainda maior quando os tratamentos e terapias são iniciados na infância. Assim, os indivíduos têm chances maiores de desenvolver habilidades sociais e de comunicação.

Como é feito o diagnóstico do autismo?

diagnóstico do autismo

O diagnóstico do TEA é realizado por uma equipe multidisciplinar, geralmente composta por psicólogos, psiquiatras e neurologistas. 

Lembre-se: quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, maiores são as chances de um tratamento eficaz e de melhor qualidade de vida para a pessoa autista.

Como é o tratamento do autismo?

Na maior parte dos casos, o tratamento do TEA é multidisciplinar, ou seja, envolve médicos, terapeutas, educadores, psiquiatras e psicólogos – sem falar no suporte e apoio familiar. 

O tratamento é individualizado, e pode incluir, por exemplo, técnicas terapêuticas para melhorar habilidades de comunicação e sociais, e em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para tratar sintomas como irritabilidade, insônia e desatenção.

Cuide da sua saúde (e da de quem você ama) com o DrApp! Marque consultas e faça exames de um jeito prático e rápido, com profissionais qualificados pertinho de você!

Conclusão

Neste artigo, apresentamos o que é o autismo: um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta a maneira como crianças e adultos se comunicam e interagem. 

A condição é classificada em níveis que determinam o grau de suporte requerido, sendo eles: leve (nível 1), moderado (nível 2) e severo (nível 3). 

O diagnóstico precoce, no caso das crianças, é crucial para fornecer o suporte adequado para um bom desenvolvimento, e melhorar a qualidade de vida. 

No caso dos adultos, o acompanhamento com profissionais também é a chave para diminuir os impactos do TEA e para ter uma vida saudável. 

Em resumo, com atenção às particularidades de cada indivíduo e com a ajuda de profissionais, pessoas no espectro podem desfrutar de uma vida independente e plena. 

Para se informar sobre sua saúde e como cuidar melhor dela, acompanhe o blog do DrApp!

Compartilhando informação visando a prevenção da saúde integral.

Deixe um comentário

My New Stories

Exames de sangue de rotina feminino: guia completo para a saúde da mulher
plano de saúde
agendamento de consulta online
Atendimento médico
relação entre médicos e pacientes
Vantagens para sua clínica
como definir valor de consulta
fidelizar pacientes
médico endocrinologista
Emagrecer com saúde
Síndrome Metabólica
problemas do sedentarismo
aplicativo médico
ferramentas de gestão de clínicas
agendamento de consulta online
Prontuário eletrônico
marketing médico
como atrair e fidelizar mais pacientes
organização para agenda de pacientes
montar um consultório médico
Gestão financeira para clínica e consultório médico
Cirurgia do Aparelho Digestivo
tipos de psicoterapia
Ecocardiograma
Endocrinologia e metabologia
Cirurgia da Mão
homeopatia e acupuntura
urologista
hepatites virais
nutrólogo e nutricionista
Otorrinolaringologista
gripe e resfriado
quando procurar um mastologista
procurar médico especialista
quando marcar pediatra
O que o dermatologista faz
Quando procurar um cardiologista
O que é angiologia
consulta com psiquiatra
o que é neurocirurgia
Ginecologia e Obstetrícia
procurar médico ginecologista
O que oftalmologista faz